
Há sempre um lugar, ainda que por vezes escondido, ocupado por um sentido e intuição onde tudo se liga.
Almada Negreiros fazia-se sentir pelo seu olhar desafiante e mordaz, inteligente e inovador, fulminante na sua expressão, literatura, poesia e artes plásticas. Homem que foi uma criança sofrida e solitária, que passou anos sozinho com o seu irmão, ambos internados num colégio, sem visitas. Cresceu a reivindicar o direito de aprender, de evoluir, de mudar, de se deixar ir e levar pela sua pluralidade que tão bem o caracterizava.
Reencontrar-se, Renascer e "Desaprender" - palavra recorrente em toda a sua existência, foram pensamentos incessantes na sua obra literária, e na expressão da sua força criadora.
O que será um processo Psicoterapêutico, se não, tão-somente um reencontro, um desaprender e um renascer de novo. Será um desapego, deixar para trás o que não importa mais, e partir sim, na curiosidade, descoberta e criação, reconquistando a criança que existe em cada um.